Nascida na cidade de Solingen, na Alemanha pós guerra, em 27 de julho de 1940, Philippine Bausch, filha de Anita e August Bausch, donos de um pequeno restaurante ao lado de um hotel, sendo nesse o humilde ambiente em que Pina cresceu rodeada de movimentação e histórias.
Aos 5 anos seus pais a colocaram no balé, e somente aos 14 anos ingressou em uma escola especializada, a conceituada escola Folkwang, em Essen, e era dirigida pelo famoso coreógrafo Kurt Jooss, a quem tinha um grande carinho e chamava de papa Joss.
Sempre falando sobre seu tutor “Como um pai, um homem muito amável, cheio de humor e alegria pelas coisas, pelas pessoas. Ele sabia muito sobre história, música e teatro.”
Eu não pensei muito sobre isto. Possivelmente isto acabou acontecendo sozinho. Eu sempre tive muito medo de fazer alguma coisa, mas eu gostava muito de fazer dança. E mais ou menos no final da escola quando a gente pode ou deve escolher o que vai ser, porque sabe que a escola vai terminar – então já estava claro para mim: iria estudar dança (BAUSCH, Pina. In. PEREIRA, 2007)
E durante 4 anos aprofundou seus estudos nas mais diversas artes com a pantomima, teatro e outros, e em 1958 formou-se e ingressou com bolsa na Juilliard School of Music e chegando a Nova York vivenciou grandes diferenças das que tinha na pacata cidade da qual egressou, como a dança moderna e tendo a possibilidade de trabalhar com renomados como Maragaret Craker, José Limon e outros. Se tornou membro do Ballet de Nova York e do Ballet da ópera Metropolitan, entretanto o cotidiano movimentado e os mais diversos estilos de vida foram o que mais inspiraram Pina na sua tão famosa forma de dança.
Em 1962, Pina foi convidada a ser solista Folkwang Ballet por Kurt Jooss, iniciando sua carreira como coreógrafa e mais tarde foi convidada para assumir a direção do teatro municipal de Wuppertal, onde nasceu a sua companhia.
Foi um início complicado para Pina, pois o público em grande maioria não compreendia sua forma de dança, contudo não recuou e sendo um grande exemplo de força e resiliência seguiu com seus ideais. E em Rolf Borzik, encontrou um aliado Designer, com quem casou e teve um filho também chamado Rolf, que atua na área da música. Em 1980, seu marido faleceu de leucemia.
Pina Bausch faleceu em 30 de junho de 2009 aos 68 anos em Wuppertal, deixando um legado para a dança contemporânea e com a Dança Teatro.
“Não estou interessada em saber como as pessoas se movem, eu estou interessada em saber o que as move” - Pina Bausch.